segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Seria perfeito se não fosse só um conto

Numa festa qualquer, como um dia normal.

Ela conheceu o garoto (sim, é um garoto, pelo menos naquela época) número 1. Eles acabaram construindo um vínculo de afinidade bem forte, depois de trocar alguns beijos.

Só alguns beijos, nada mais. Aconteceu, passou. Quer dizer, passou mas acabou ficando: ficando na memória, fincando no peito. Virou amizade!

O garoto 1 começou a se fazer presente na vida dela. Começaram a sair juntos, como amigos, e ele apresentou todos os seus amigos a ela. Ela, como uma menina normal, gostava de viver cercada por meninos (mesmo que não se interessasse por nenhum deles).

Quer dizer, pelo menos durante um tempo. E esse tempo acabou, quando ela conheceu o garoto número 2.

Ah, ele era lindo! Romântico, bonito, atencioso, carinhoso. Ele simplesmente era!

O garoto número 1 os apresentou. Na verdade, os fez descobrir a paixão! E que paixão!!

Ele se rendeu à graça e ao carisma dela, que sempre fora autêntica e indecisa (ambos caminhando sempre juntos).

Ela se sentia única ao lado dele. Era como se o quebra-cabeça finalmente virasse um lindo quadro! Eles, simplesmente, se encaixavam. Tudo combinava, tudo era lindamente sincronizado.

-Pausa-

Pouparei os detalhes do relacionamento em si. Vou pular para o próximo bloco

-Fim da Pausa-

O que eles achavam que era amor, se foi. Como tudo tem um motivo, essa história também encontrou o seu: garoto número 3.

Tudo que o nº2 tinha de “reservado”, o nº3 tinha de “desbocado”. E foi isso que a atraiu.

Ela queria viver “livre”, e o nº2 queria ficar em casa. Ela queria conhecer, e ele já havia se conformado. Aí ela zarpou...

Como um salto de bungee jumping, ela saltou da zona que lhe trazia total conforto, para experimentar um novo “tempero”. Foi difícil, já que nessa história existia sentimento. Mas, ela pulou.

E caiu de frente com o garoto número 3. Era como se ela fosse uma mão e ele, o anel que se encaixava perfeitamente. Um sorriso os unia, um abraço os completava. Não importava o local, o ambiente. Se estivessem juntos, tudo ficava mais bonito.

Ela se apaixonou! De verdade, de coração, com todas as forças.

Ele, então, ganhou um novo sentido para acordar feliz todas as manhãs!

Ele cantava pra ela. Ela olhava pra ele e dizia tudo o que era necessário, com um piscar.

Eles estavam completamente conectados. E sem chance alguma de deixar algo atrapalhar, pois eles se completavam.

-Pausa-

Ela foi viajar e prometeu voltar. Mas, quando voltou já estava muito diferente.

Entre “vais e vens” no decorrer do tempo, eles simplesmente não se viam mais.

Quatro anos se passaram.

-Fim da Pausa-

Ela estava carente. E ele voltou pra vida dela.

Finalmente, se conectaram de novo.

A verdade é que tudo isso não passa de “memórias tão reais do que nunca aconteceu”

Desenhei miragens tolas
Nas margens do seu deserto
E uma verdade impossível
Só pra ter você por perto

Conto escrito depois de ouvir a música “Fotos na Estante”.

Seria perfeito, se fosse verdade. Não é?

Mas, no final de tudo, o garoto nº3 era apenas sua imaginação. Parte dela mesma que surgia em sua mente para completar o que lhe faltava. Na verdade, os garotos nº1 e 2 também.

Mas, não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

Um comentário:

Nati disse...

É como sentir a real presença de alguém, ouvir desse alguém a música que você quer ouvir ou então ouvir desse alguém coisas carinhosas que você quer muito escutar. É como ver alguém que você ama praticamente entrar no avião de volta pra casa e impedi-la antes que ela faça essa besteira correr na frente do avião, pará-lo e convencer esta pessoa de que ela precisa ficar pelo menos mais uma noite, só pra conhecer melhor a cidade e depois, finalmente dar adeus, mas sabendo que esta pessoa vai estar ali. Conseguiu me entender?