quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Histórias: as nossas, e as alheias

Eu não gosto de me explicar. Eu gosto de ser bem compreendida, mas eu não gosto de me explicar.


As coisas fazem sentido para quem está envolvido em um determinado enredo. 
Então, logicamente, quem está vendo de fora pode não entender e até tem o direito de questionar. Mas, EU não tenho o dever de me explicar.


Pense em uma peça de teatro, em um filme nonsense, em um livro lúdico. 
Pense em Alice, de Lewis Carroll. Poucas coisas fazem sentido. Mas, quem é que briga com o escritor? Ninguém!
Todos aceitam a história, e questionam apenas aquilo que lhes agrega ao conhecimento ou à forma de agir. Ainda sim, nem todas as perguntas são respondidas. 


Se eu não me sinto na obrigação de me explicar e, mesmo assim, pessoas fazem perguntas, quero bons motivos para respondê-las.


A interpretação é algo tão pessoal que me enojam as conclusões precipitadas e a generalização.


Deixe que as coisas fluam. Deixe que as coisas aconteçam.
Deixe que a vida continue. Deixe que as pessoas se superem.
Deixe...deixe...deixe.


Se cada personagem se preocupasse tão somente com sua própria história, o mundo seria cheio de livros.


"Mas já existem muitos livros"


Sim, existem. E existiriam muito mais, se os personagens não barrassem as histórias alheias, se as pessoas focassem em continuar sua própria história, ao invés de interromper as histórias dos outros.


Um conselho: pare alguns minutos para observar sua vida. Você achará milhares de motivos para investir na auto-biografia!


Eu fiz isso. Não sei quando foi, mas eu parei para prestar mais atenção na minha história.
E hoje sou muito mais feliz. Não só porque parei de interromper histórias alheias, mas porque deixei entrar na minha própria história, personagens que vieram para ficar!


Quando a gente esquece de borrar as páginas do livro ao lado, as nossas próprias páginas são pintadas com cores mais belas.
E, melhor ainda: novos nomes aparecem ao lado do nosso, lá no rodapé!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Citações de Verônica H.

Enquanto não termino minhas conclusões sobre os últimos acontecimentos da minha vida, ficam os versos dessa escritora que aprendi a admirar, e que consegue dizer tanto sobre mim, sem nem saber que existo.


Crescer lendo livro mulherzinha fez com que eu jamais me conformasse com metades. Quero os melhores romances, ou prefiro ficar sozinha. Quero as melhores lembranças, ou prefiro não lembrar. Ou vivo intensamente, ou vou levando essa rotina que não incomoda, não interfere, não fere, mas também não é vida. Vou dispensando tudo o que não julgo suficiente pra me roubar a solidão. Vou excluindo do meu convívio todos que não parecem prontos pra marcar meu dias. E vou me excluindo um pouquinho também, vou me dispensando sem pudores, porque é mais fácil me deixar de lado do que lidar com a minha falta de coerência.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Recado para os homens, comprometidos ou não, e que não conseguem entender como "funciona" o universo feminino.
Desse meio, excluem-se os românticos, carinhosos e que sabem como fazer uma mulher se sentir especial!

Mulher não desiste, se cansa. A gente tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A gente paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem ‘E se’ ! A gente completa o percurso e às vezes fica até andando em círculos, mas quando a gente muda de caminho, meu amigo, é fim de jogo pra você. Enquanto a gente ......enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradece a Deus! Porque no dia que a gente aceitar tranquilamente te dividir com o mundo, a gente não ficou mais compreensiva, a gente parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a gente cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E estamos numa relação, não numa sessão espírita. A gente entende e respeita seu jeito, desde que você supra pelo menos o mínimo das nossas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Vocês nem sempre sabem, mas além de peito e bunda, a gente tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. Somos damas, somos dramas, acostumem-se. Mulher não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver aguentar o tranco de conquistar corpo e alma, até o final.
  (Tati Bernardi)






Ressalva: esse coração que escreve ao blog, já achou uma exceção!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Música do dia

Descreve minha vida. Enfim, essa é a música do dia. 
Em uma palavra? Intensa!


Essa também arrasa e, apesar da letra melancólica, a voz dessa mulher é incrível e me encanta!



Um dia eu vou ser que nem ela!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Música do dia

Gosto de músicas que brincam com as palavras, criam combinações diferentes e possuem duplo sentido.
Essa é um exemplo bem sucedido.

Arranjo - Zélia Duncan e Isabella Taviani (não consegui nenhum outro vídeo com o áudio limpo)






Me escala, me nota, me harmoniza
Me canta, me escreve, me improvisa
Sou frase sua, me continua
Faz o contra-ponto
Cifra o caminho onde eu te encontro

Aprendo seu ritmo moderado com ímpeto
Me afino em acordes alterados
Pela manhã peço uma pausa longa
De longo efeito
E te beijo em silêncio

Me orquestra, me sola
"Solamente una vez"
Nesta canção que você fez

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Distração

Eu gosto de pensar e acreditar que as Ana's se entendem.
Tô dizendo isso porque tenho duas colegas que se chamam Ana. Convivo com elas diariamente, e uma é bem diferente da outra.
Hoje fomos almoçar juntas, e ouvimos uma música bastante real.


Quando a gente gosta de uma pessoa, sempre deseja o melhor. E a Ana sempre me diz pra fazer uma loucura. Não importa o dia, ela sempre me incentiva a fazer exatamente o que a música diz: me distrair!
Faz todo o sentido, sabe. Quando a gente deixa a música tocar, a ansiedade some e deixa lugar pra alegria.
Se a gente não se distrai, o tempo não passa e nada muda (e nem vai mudar!)


O negócio é fazer o possível pra vida ficar menos "dura", menos agressiva. Isso só vai acontecer se a gente se distrair, parar de perder tempo pensando nos riscos.


A fórmula é deixar ser. Sair andando na rua, chutar lata, assoviar Beatles, sorrir quando vir algo engraçado, aproveitar aqueles segundos da troca de olhares, observar como suas melhores amigas são completamente diferentes e peças únicas do seu quebra-cabeças pessoal,  pensar em como uma pessoa pode se tornar mais do que especial de um dia pro outro. E como tudo isso acontece quando você pára de pensar nos problemas, entrega todos eles pra quem pode resolvê-los, e continua a viver.


Se você não se distrai, o amor não chega e quebra o encanto doce de te surpreender de verdade!




Porque os nossos planos nem sempre acontecem de acordo com o que a gente queria. Mas, é bom quando os planos mudam e o final acaba sendo melhor do que o esperado!