quarta-feira, 27 de abril de 2011

Dear diary...

Hoje eu aprendi que: nunca posso esperar que as pessoas vão confiar em mim, da mesma forma em que eu confio nelas.

Óbvio que eu levei algumas pancadas pra aprender, e agradeço às palavras por me ajudarem a cicatrizar as feridas. Me refiro a palavras escritas, textos, desabafos, e principalmente este blog.

Já está mais do que comprovada minha personalidade de ‘ser relacional’, e confesso que isso me agrada demais.

Minha vida não é feita de paredes, muito menos de imagens pixelizadas. Ela é feita do componente mais belo do universo: pessoas.

Apesar de serem chatas e confusas (as vezes), estranhas (sempre), e inconstantes... também as vejo como belas, essenciais e dignas da minha constante curiosidade. São irritadiças, e muito pouco pacientes (assim como eu).

São elas quem constroem parte da minha história, e são as grandes causadoras de minhas mágoas.

Curioso é minha capacidade de não desacreditar na possibilidade de ser feliz ao lado de muitas delas. Mesmo decepcionada, traída, iludida e, muitas vezes, amada.

Opa! Amada?

Sim, amada!!!!!

Me irrito, me chateio e me decepciono. Mas, também sou amada, recebo carinho e muita atenção.

E, depois de tanto penar para aprender, finalmente descobri que não posso apostar todas as minhas fichas nas pessoas.

ELAS VÃO ME DECEPCIONAR!

Defino tudo isso com uma simples frase: Espere o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier.

Vou esperar o melhor das minhas amizades, mas sempre preparada para decepções... assim, quando acontecer o pior, saberei aceitá-lo!

Certos relacionamentos só servem para nos fazer acreditar que ninguém é perfeito. Ninguém agrada sempre, e ninguém pode te fazer feliz...

Só o amor ágape!

-Ou talvez, um cachorro...

terça-feira, 19 de abril de 2011

No Tête-à-tête

Expressões e gírias idosas sempre trazem alguma lição de moral. Independente de quem fale, sempre visualizo um avô me falando isso.
E, algo que descobri a duras penas, é que os “antigos” quase sempre tinha razão no que diziam.
Digo isso, baseado no que meu próprio progenitor diz, sobre a geração que só sabe conversar com um teclado abaixo dos dedos.

As pessoas conversam sobre qualquer assunto por MSN, [falecido]ORKUT, FACEBOOK, TWITTER, EMAIL, SMS, FORMSPRING... e o infinito e além; mas, não trocam palavras por mais de 3 minutos, em uma conversa.

Contam segredos, brigam, se reconciliam, discutem, dissertam, opinam, se declaram, terminam relacionamentos, flertam, compram, vendem, cantam...e tudo o mais que se faz em um relacionamento; mas, tudo por meio de imagens transformadas em PIXELS.
Sendo assim, dá pra concluir que são relacionamentos à base de pixel; ou, o que eu acabei de determinar: relacionamentos pixelizados.
São relações eletrônicas onde o único contato físico acontece entre os dedos e o teclado. A troca de olhares é entre os olhos e a tela do computador, ou de um celular.

Se receber um fora, ou uma indireta... disfarçar é a coisa mais fácil! Ou a conexão cai, ou o sinal do wi-fi está ruim, ou “preciso sair porque meu irmão quer usar o computador”...

As cartas viraram emails, os beijos viraram winks no MSN, os abraços são emoticons, os diários são online, os pedidos de desculpa são mensagens automáticas, e ignorar os “indesejados” está ao passo de um click.

Entendo que a vida digital veio para facilitar. Mas, até que ponto?
Por quê se perdeu a valorização do tato? Por quê se prefere olhar uma foto na tela do computador, ao marcar um encontro e ver a pessoa ao vivo e a cores?
Por quê manter amizades conectadas por cabos da linha telefônica, ou de uma rede sem fio?

Qual é o problema de se usar uma caneta? Por quê as cartas não voltam a ser objetos de comunicação? O que aconteceram com os bilhetinhos, as cartas de admiradores secretos, o arrepio de um beijo, a lembrança de um sorriso visto ao vivo, o andar de mãos dadas, o abraço apertado, os carinhos no cabelo?

Posso ser careta e um pouco ultrapassada. Gosto da tecnologia, mas não suporto saber que milhões de adolescentes estabelecem todas as relações possíveis em frente à uma tela, mas pessoalmente, em frente a alguém com quem conversam todos os dias pelo MSN, não trocam mais do que 15 palavras.

Eu não! Eu quero continuar a mandar e receber emails, quero manter minhas contas em redes sociais e quero continuar gostando de receber sms. Mas, muuuuuuito além disso...
Eu quero marcar um encontro no Outback com meus amigos, quero encontrá-los no final de semana e conversar por horas, quero olhá-los nos olhos e observar quais são suas reações ao contar-lhes meus segredos. Quero sentir o arrepio de um beijo, quero sentir o embrulho no estômago ao ver aquela pessoa desembarcar de um avião e vir a meu encontro, depois de meses sem um abraço apertado.
Eu não quero uma realidade pixelizada. Quero uma realidade tátil, quero sentir meu sangue correndo nas veias, quero ficar com dor de cabeça depois de tanto chorar no ombro de uma amiga, quero ficar com dor de barriga de tanto dar risada com meu melhor amigo.
Quero passar a mão no cabelo, quero pegar uma caneta e escrever um bilhetinho no final do culto de um domingo a noite, quero ver de verdade... sem correr o risco da conexão cair!


Que se valorize os benefícios da tecnologia, mas que se lute pelo prazer de ler um livro e sentir o cheiro das páginas, ao invés de ler em um iPad.
Que se valorize a internet, mas que se esforce para não perder a percepção tátil.
Que se compreenda a beleza das redes sociais, mas que elas não sejam as melhores amigas.

Chega de competições por celulares melhores, computadores mais rápidos e banda larga com maior memória.
Quero mais abraços, mais beijos, mais risadas, mais arrepios, mais frio na barriga, mais bilhetes, mais cartas, mais apertos na buchecha, mais cócegas na barriga, mais indiretas por olhar... mais do que é bom e menos do que é superficial.



E aí, depois de tudo isso, fico pensando: ATÉ QUANDO ISSO VAI DURAR? QUANDO É QUE AS PESSOAS VÃO PERCEBER O VALOR DE RELACIONAMENTOS VIVOS?


Minha linda Clarice, você me entenderia...

Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.” (C.L.)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Bom seria se ele estivesse aqui agora...

A partir de hoje, vou criar um amigo imaginário.

É, isso mesmo. Um amigo que só exista pra mim, no sentido literal da palavra.

Eu finalmente resolvi assumir o fato de que os meus amigos não são apenas meus. Eles são de outras pessoas, eles direcionam atenção a outras pessoas, eles vivem para fazer outras pessoas felizes.

Infelizmente, as vezes, acabamos dando atenção e consideração demais para “fulanos” que não retribuem da mesma forma. É como se eu desse uma caixa de bombons de chocolate suíço, e ganhasse em troca apenas um dadinho. O problema não é a marca do bombom, mas no que a pessoa estava pensando quando teve a brilhante ideia de me dar um dadinho.

Pra mim, não importa o tamanho e sim o valor. O dadinho teria o significado mais especial do mundo, se a pessoa fizesse o mínimo esforço de me explicar porque escolheu um dadinho e não uma serenata de amor (que é meu chocolate favorito).

Enfim, o foco não é o chocolate. É meu amigo imaginário e eu.

Ele vai ser atencioso, vai ser carinhoso, vai saber o que me faz sorrir e vai fazer o possível pra fazer isso todos os dias. Vai me ligar sempre que vir alguma coisa que lembre a minha pessoa, vai me comprar presentes fora de datas comemorativas, vai me mandar mensagens sem sentido, só pra me fazer gargalhar.

Ah, e ele vai estar sempre presente. Não quero que ele seja daqueles que você deixa de conversar com alguém pra dar atenção especial pra ele, e 5 segundos depois vira pra falar com outra pessoa e te deixa no vácuo.

E ele também vai ser único. Ele vai saber cantar as músicas que eu gosto, vai saber me valorizar do jeito que eu mais preciso e vai [sempre] saber o que me falar quando estiver de saco cheio do mundo.

E ele jamais, em hipótese alguma na vida, vai fazer cara de ? pra mim. Sabe por quê?

Porque ele vai saber de tudo o que eu gosto, e vai entender tudo o que eu penso. Nada do que eu disser, será confuso.

Ah, uma característica importantíssima: vai conhecer os filmes que eu gosto, os seriados que me chamam a atenção e as músicas que gosto de ouvir, principalmente aquelas que fazem a trilha sonora da minha vida. Ele não vai precisar gostar de tudo isso, mas pelo menos não vai fazer cara de “éca” quando eu citar algum trecho de Gilmore Girls.

Meu amigo imaginário vai ser o amigo que eu sempre quis ter. E ele vai ser bem bonito também. (rs)

Já até sei o nome dele: Lue

sexta-feira, 1 de abril de 2011

E o conservadorismo não é questão de opinião...

O problema das pessoas não são as circunstâncias.

O problema das pessoas são as próprias pessoas.

Eu confesso que causo problemas, pra mim mesma, tomando decisões com a plena convicção de que aquilo me trará consequências futuras. E todas as pessoas são assim. Todas elas parecem acordar de manhã esquematizando formas de criar equações humanamente impossíveis de se resolver, apenas para ter o que pensar durante o dia e ter alguma explicação para a dor de cabeça que causa irritação (nelas e nos outros).

Todas elas gostam de problemas. Pelo menos, é isso que eu vejo na maioria dos dias.

Mas, sabe o que é extremamente irritante? Olhar pro lado e ver que os problemas são agradáveis para as pessoas. O liberalismo saiu do conceito político e econômico, e entrou na vida cotidiana, a ponto de interferir no estilo de vida.

Traduzindo: o que era para ser um benefício a vida política e econômica dos cidadãos, que não precisariam mais depender das intervenções estatais, acabou virando uma verdadeira palhaçada!

Agora as pessoas se sentem “livres” para trair, se isso trouxer felicidade. Também gostam de gritar ao mundo, em forma de protesto, que são “livres” para desacatarem as ordens bíblicas, que, por sinal, existem e fazem a diferença DESDE O ANTIGO TESTAMENTO.

Bom, já que é pra citar exemplos...

- Indivíduos que usam o liberalismo como desculpa para destratarem as autoridades e decidirem que são donos do próprio destino.

- Indivíduos que se sentem no direito de assassinar uma professora, alegando que isso é um ato espontâneo

- Indivíduos que escolhem “ativar” sua vida sexual e esquecem de que o sexo só é abençoado dentro de um casamento.

- Indivíduos que, além de ativar a vida sexual precipitadamente, se sentem NO DIREITO de abandonar um bebê na porta de um hospital ou até mesmo dentro de um shopping

E os mais “leves”, mas tão irritantes quanto, que são os imbecis que namoram sem objetivo nenhum e adoram brincar com os sentimentos alheios.

Alguns usam uma aliança de 3cm de espessura, cheia de brilhantes e corações desenhados, no 4º dedo da mão direita, mas entendem que é apenas um acessório. Ou, pelo menos, é o que parece ao se observar o comportamento desprezível de olhar para outras pessoas com desejos ou, até mesmo, planos futuros. (Ex.: quando terminar com fulano, já sei em quem vou investir).

Em geral, pessoas que não levam um relacionamento amoroso a sério, usam sempre a desculpa da “liberdade”. Ou são muito novas para assumir um compromisso, ou muito novas para se prenderem a alguém, ou muito independentes para estabelecer um compromisso duradouro.

Isso eu não consigo entender. Não entra na minha cabeça.

Como pode uma pessoa dizer que é muito nova para assumir um compromisso, mas o mesmo tempo exigir que os pais a tratem como adulta?

E como pode alguém dizer que é muito novo para se prender a alguém, mas que se fica sozinho reclama?

Por isso, volto ao desenvolvimento de minhas conclusões, feito no início do post.

O problema das pessoas não são as circunstâncias.

O problema das pessoas são as próprias pessoas.

Não são as outras pessoas, não é o que elas fazem. O problema das pessoas é o que elas próprias fazem com um lápis e um papel, não mão.

Cada um tem o DIREITO de escrever sua própria história. Sendo assim, tornam-se responsáveis pelos próprios atos, pelos próprios erros e pelas consequências.

Aceito o conceito de liberdade, desde que seja acompanhado de um item essencial: reconhecimento.

Sejam todos livres, sintam-se livres, vivam livremente. Usem a palavra DIREITO e a palavra LIBERDADE na mesma frase.

Mas, depois, nem tentem me convencer de que a culpa é de alguma outra pessoa. Afinal, na SUA vida, o direito é SEU, assim como a liberdade é SUA. Logo, os problemas são SEUS, causados por VOCÊ e ninguém merece levar o julgo.

Se quer terminar um namoro, assuma que é uma decisão sua. Mas, não deixe chegar ao ponto em que seus olhos não se concentrem mais no namorado ou namorada. (E faça o possível para não se concentrar no namorado ou namorada alheio)

Se quer viver livre, não reclame do desapego dos outros em relação a você.

Se quer ser livre para fazer o que bem entender, saiba que as regras continuam valendo mesmo que você não as queira seguir.

Isso é o que eu penso, é o que eu aprendi com meus pais, é o que eu tento viver no meu namoro e é o que eu desejo para a sociedade.

Gosto da liberdade, pois foi Deus quem a criou. Gosto de ter DIREITO, porque é permissão de Deus.

E sabe do que eu gosto mais? De não ter caído no conceito errôneo de Liberalismo, porque eu tenho a certeza [mais do que] absoluta de que meu negócio é viver no Conservadorismo puro e concreto, onde os namoros são a experiência pré-casamento, os namorados são fiéis, os casais vivem para fazer o outro feliz, os alunos respeitam os professores, os filhos respeitam os pais e tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus.