terça-feira, 14 de abril de 2009

Mundo Lunático


Num filme o que importa não é a realidade, mas o que dela possa extrair a imaginação
(Charler Chaplin)

Eu sei, e tenho plena consciência de que muitas coisas que eu falo as pessoas não conseguem entender.
Formulo idéias na minha cabeça, mas não consigo (juro que tento bastante) fazer as pessoas entender.
Mas, NÃO, elas não me entendem. Elas não conseguem, ou eu sou muito confusa.

O que há de mais em achar que o mundo pode sim ser colorido, casas verdes e rosas, boulevards bem cuidados e todo o blablablá no
'The Cat in the Hat'?
Eu gosto de acreditar que isso pode acontecer. Mesmo que não seja realidade, gosto de ser otimista demais;

Já vejo muita coisa ruim pra ficar pensando em tragédia o dia inteiro. Já vejo muita morte, muito choro, muita dor... mereço pelo menos dar um lugar pra imaginação fluir. Preciso falar sobre o Universo intenso e aconchegante que existe por trás dos meus olhos castanhos.
Lá, a única coisa que é escura me dá medo, me dá arrepio.

Tá, não vou ser tão radical assim; existem pessoas que conseguem me entender (as vezes).
Mas, elas são raras. Por quê SÓ ELAS conseguem ingressar nesse mundo paralelo e sub-humano comigo?
É estranho me sentir tão otimista assim as vezes. Ah, já sei: eu faço isso pra fugir do meio do congestionamento ruim. Fugir da dor que eu sinto ao olhar uma família se desfazendo, uma criança no hospital, um mendigo faminto no centro da cidade, uma pessoa sem esperança.

Olha só, que milagre!

Enfim, cheguei a uma conclusão que explica todo o contexto histórico da minha vida:



  • Por quê eu gosto tanto de comédias românticas, e filmes de amor, e filmes fantasiosos?


PORQUE EU POSSO EXTRAIR A MINHA IMAGINAÇÃO, POSSO CRIAR UM ESPAÇO BOM E SIMPÁTICO ONDE É POSSÍVEL SORRIR.



Alguém um dia me disse que 'quem muito ri, muito chora'.
Gosto de pensar que HOJE, eu dou muita risada porque eu já chorei demais. Tem dias que eu não consigo mesmo dar um sorriso; porém, num outro dia eu já não consigo mais chorar. É o tal do
'contraste humorístico' que eu criei na minha cabeça.


Ah, cansei sabe; já usei muita imaginação. Fico por aqui, com as palavras.


-minha mente já me dá margens para novas reflexões. quem sabe na próxima vez eu consiga ser menos obscura.


A imaginação foi a companheira de toda a minha existência, viva, rápida, inquieta, alguma vez tímida e amiga de empacar, as mais delas, capaz de engolir campanhas e campanhas, correndo...


Machado de Assis