terça-feira, 30 de outubro de 2012

Step outside

O que será que acontece com a nossa mente, que de vez em quando clama por um tempo?
Eu queria muito (MUITO MESMO!) poder sair no meio da tarde pra dar um passeio e esvaziar a cabeça.
Queria poder acordar um pouquinho mais tarde do que o normal, tomar um café gostoso em casa, e sair pra ler um livro no parque.
Queria poder assistir ao pôr-do-sol em qualquer outro lugar, que não seja pela janela do ônibus.
Queria viajar, ficar um tempo sozinha, entender todas as mudanças que me transformaram.
Queria ter um tempo só pra mim, só pra ficar no silêncio. Poder colocar a bagunça em ordem, as pendências em dia e os problemas na pasta de "Resolvidos".

Mas, não dá né. A vida real está pedindo um pouco mais de agilidade e compromisso. Responsabilidade.
O futuro parece mais próximo, e as forças precisam ser suficientes pra chegar até ele.
Só que, no meio de tudo, preciso achar um tempo. Nem que seja um tempo fictício, que exista apenas na minha mente, mas que me ajuda a reorganizar a vida, entender o significado de prioridade, liberar um sentimento reprimido e refletir sobre essas pessoas que cruzam o nosso caminho.

Quem é que já não ouviu uma promessa de mudança, que ficou só na teoria? É de doer.
Quem é que não ouviu a mesma promessa, duas vezes em um mesmo ano, e não sentiu nem o cheiro da mudança? 
Isso desgasta, e o próximo passo é largar mão.
Acho que é nesse estágio que cheguei, sabe? Cansada!

Só que, como a minha mãe sempre diz, a vida continua. "Levanta a peteca, menina!"
O jogo ainda não acabou.
Só preciso do intervalo pra voltar pro segundo tempo. O problema é que 30 minutos é muito pouco!


- Engraçado isso. Eu, que sempre reclamei do tempo de Deus e da minha ansiedade, dizendo que preciso de um tempo. É, chegou a hora de aprender o real significado dessa coisa.


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