Quando a gente vê o desamor acontecer, mileuma justificativas passam pela nossa cabeça.
Pode ser que o amor não tenha sido suficiente, ou que faltou amor. Pode ser que um dos dois não estivesse tão afim, ou que os dois não estivessem dispostos a escalar a montanha das diferenças. Pode ser que os pais tenham sido contra, ou que os próprios filhos não tenham sido a favor. Pode ser que a família tenha criado problemas, como também pode ser que nenhum dos dois aceitasse a família um do outro.
Pode ser isso, pode ser aquilo, pode ser aqui, pode ser acolá.
Pode não ser, como também poderia ter sido.
Enfim, acabou. E quando acaba, das duas, uma: ou fica um gostinho de "quero mais", ou "não deveria nem ter começado". É difícil achar um caso que tenha chegado ao fim e que se possa dizer "valeu a pena". (Difícil, não impossível).
O que me chama a atenção no final de muitos relacionamentos é, além de mágoas, profundas feridas. Tanto no homem, quanto na mulher.
Eu, com propriedade, posso falar sobre a mulher.
Nós confiamos, sabe?! Quando queremos fazer dar certo, é difícil ficar dentro do limite do aceitável, porque queremos ter a sensação de que fizemos de tudo para dar certo. Só que, as vezes, nem sempre o nosso maior esforço é suficiente.
Quem é que nunca conheceu uma mulher que sofreu por um homem, o qual vivia para alimentar seu próprio ego? Quem é que nunca viu uma mulher chorando por um homem que já tinha achado, no mínimo, outras 3 pra "se consolar"? Quem é que nunca viu uma mulher emagrecendo (ou engordando) por causa do desamor? Quem nunca?
Todos nós, homens e mulheres, já caímos na conversa de alguém que, no fim das contas, só pensava em adquirir benefícios para si próprio?
Porém, o ponto onde quero chegar é: pra mulher, é muito mais difícil lidar com o desamor! Pra mulher sensível, perder um emprego não é tão ruim quanto.
Pra mulher mais racional, sofrer de desamor é, no mínimo, vergonhoso.
Pra mulher emotiva, sofrer de desamor é pior do que pegar um DP na faculdade.
E esse desamor ao qual me refiro vai muito além do final de um relacionamento. Na verdade, o desamor pode começar DURANTE um relacionamento.
Não significa que a mulher não ama mais, longe disso. Aos meus olhos, o desamor não é o fim do amor... é o amor reprimido. Cada gesto, cada palavra, cada atitude de "jogar na cara", reprime cada vez mais o amor de uma mulher. E o homem sabe muito bem quando está fazendo essas coisas.
Um exemplo:
Acontece um mal entendido.
Ela - Vamos conversar?
Ele - Sobre?
Ela - Você sabe sobre o quê. Não gosto de ficar assim.
Ele - Então, da próxima vez, pense melhor antes de falar besteira. Tô cansado dos seus xiliques. Ah, desculpa, não são xiliques. São "momentos emotivos", né?
Ela - Não fala assim. Vamos conversar numa boa.
Ele - OK
Ela - Como você está? Eu sei que você não tá bem.
Ele - Indiferente
Ela - E como a gente resolve isso?
Ele - Isso o quê? O problema é com você, minha filha.
Ela - Não, amor. O problema é entre nós dois. Por favor, vamos conversar direito.
Ele - Não tenho o que falar.
Ela - Então, vai ficar assim? Esse climão?
Ele - Pra mim, tá ok.
Ela - SILÊNCIO
O desamor, pra uma mulher, é a indiferença. É sentir que você está ficando sem argumentos, e o "outro lado" não move uma palha pra tentar ficar em paz.
É desligar o telefone em prantos, fingindo que tá tudo bem só pra não tocar mais num assunto.
Muitas vezes, é sentir que a reconciliação só vem com a atração corporal. É perceber que seu corpo tá valendo mais do que suas palavras de amor.
E aí, cara, só consigo ver uma solução: acabar de vez com isso.
Dói demais oferecer amor, e receber indiferença. E não aceito qualquer justificativa para isso.
Um homem de verdade, quando não ama mais, sabe que o melhor é terminar o relacionamento.
Agora, o de mentirinha protela o fim. Finge que não está acontecendo nada, ou que, se está acontecendo, não é culpa dele.
Um homem de verdade, quando ama, não finge que está tudo bem. Ele diz que está chateado, mas que não quer continuar assim. Ele busca uma solução onde os dois saiam ganhando.
E quando a mulher percebe que existe alguém lutando por ela, ela tira forças de onde não tem. Ela compra a "briga", faz de tudo pra resolver. É capaz de engolir a seco, de respirar fundo 17 mil vezes e o que mais for preciso. Mas, ela precisa sentir o amor.
Percebendo tudo isso, fiquei triste.
Refletindo sobre relacionamentos e observando muitos deles, citei pra um amigo a seguinte frase: "Good girls like bad boys".
Ele(D.F.) se empolgou um pouco e quase não parou...
"bad boys impregnate good girls
bad boys leave good girls alone with a baby on her lap
bad boys break good girls heart and brag about it with his friends
bad boys only show emotions when they want to impress
bad boys do bad things just to do it, just to watch the world burn
bad boys are the ones your mom warned you about. And she did it for a reason
bad boys are the ones that your dad want to beat. And he will give your dad a reason, sooner or later
bad boys show emotions, but don't give their hearts
bad boys give their bodies, but don't give their hearts
bad boys are those that you should be scared of. Be scared of them, and not of commitment
bad boys steal the opportunity of good girls to dream
bad boys will say yes to anything, but to 'will you marry me'
bad boys turn good girls into worse persons
bad boys make good girls regret their past, and their future
bad boys make good girls hate themselves
bad boys make good girls hopeless of future happiness"
Um homem de verdade não faz nada disso. Acreditem!
E eles existem. Conheço alguns, a começar pelo que me deu a maior prova: meu pai.
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