Com o tempo, outras cicatrizes acharam espaço nas minhas pernas, nos joelhos, nos cotovelos, na palma das mãos... e no coração.
Algumas me lembram de momentos engraçados, outras me causam arrepios só de pensar em como foi difícil arrancar a casquinha (rsrs). Porém, as que não são visíveis aos outros, são as que fizeram mais diferença.
Marcas de amizades rompidas, de palavras ditas sem pensar, de histórias terminadas. Elas me ensinaram, pouco a pouco, como me relacionar com as pessoas.
Difícil é quando acontece da gente generalizar uma situação.
Por exemplo: Passar na frente da balança me machucou. Ou seja, não posso mais brincar no playground porque sempre vou me machucar.
Esse tipo de generalização pode privar uma pessoa de muitas coisas, como diversão e novas experiências.
Uma única situação não é suficiente para tornar algo definitivo.
Demorei pra chegar nesse estágio, mas definitivamente estou disposta a correr riscos.
Cicatrizes ficam até bonitas, quando olhamos para elas com sentimento de superação ou de aprendizado. Mas, se olharmos pensando que elas determinam o futuro, aí é outros quinhentos...
Existe sim um lugar firme para se amparar. Existe sim a possibilidade de ser feliz, depois de ter vivido momentos tristes.
Existe sim um final feliz, e uma história que dá certo. Eu só precisava acreditar nisso, de todo o coração!
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