Vou mais a fundo que isso. Nunca foi um bom amigo quem, em pouco tempo, não se importava mais com o bem-estar do outro. E quem, por pouco, o trocou por amigos melhores, mais divertidos ou, até mesmo, mais maldosos!
O engraçado é saber que aquela mulher que me deu um espaço de seu útero, estava certa! "Cuidado com suas amizades" e "Diga-me com quem andas, e te direi quem és" eram frequentes na minha vida. No final, viraram filosofia!
Acho que todos os que, hoje, têm bons amigos já tiveram algumas decepções até encontrá-los.
Minha história não é diferente: conheço algumas pessoas, me apego e me "entrego". Conto segredos, choro abertamente, me solto, dou confiança e ganho algo em troca. (Não necessariamente esse "algo" seja a mesma confiança que dei). Depois de um tempo, começo a entender o "sistema". Eu não era única pras pessoas. Eles viram "ex amigos"
E assim, continua...
Até o momento em que eu me canso de dar-dar-dar e NUNCA receber.
Obs.: lê-se o "receber", no sentido de ganhar de volta o que se investiu
O tempo passa, e eu percebo que foi tempo perdido. Que fui ludibriada, que sempre confio demais sem necessidade.
Fico me culpando por ter me entregue demais, por ter dito o que não deveria e por ter me mostrado pra quem nem queria me ver de verdade.
O tempo passa (mais um pouco). E aí, eu ligo os pontos e percebo o que significa tudo isso.
Ninguém pode ser "ex", se nunca foi "atual". Ou seja, nunca foram meus amigos.
Foram "tempestades" que fizeram uma tremenda duma bagunça em mim, e se foram.
Hoje, olho pra trás e vejo que eles me ensinaram a reconstruir e a ter um pé atrás com quem não te passa confiança. E só!
Ficou ali, só pra eu virar pra trás e ver que passou.
Eles são os "ex" que nunca foram!